top of page

Proteção passiva

  • 31 de mai. de 2016
  • 2 min de leitura

Adoção de medidas de proteção passiva é essencial para a preservação de vidas e patrimônio, porém conceito ainda é pouco conhecido no país.

O que lhe vem à cabeça quando se fala em Segurança Contra Incêndio? Muitos se lembrarão de extintores, alarmes, mangueiras e outros equipamentos, especialmente designados para a detecção e combate às chamas. Estes itens são conhecidos como elementos de proteção ativa, pois dependem de um comando, sinal ou eletricidade para entrarem em ação. Mas existe outro conceito tão relevante quanto estes sistemas em caso de incêndio em edificações, e ainda pouco conhecido pelos brasileiros: a proteção passiva. "Os sistemas de proteção passiva são de extrema importância, pois impedem a propagação generalizada do fogo, contribuindo, assim, para que as pessoas possam abandonar a edificação mais seguras e funcionam como um complemento para os sistemas de proteção ativos", observa o arquiteto Marcos Vargas Valentim, doutorando pela Faculdade de Arquitetura da USP. De acordo com a ABNT NBR 14432 (Exigências de resistência ao fogo de elementos construtivos de edificações - Procedimento), proteção passiva "é o conjunto de medidas incorporado ao sistema construtivo do edifício, sendo funcional durante o uso normal da edificação e que reage passivamente ao desenvolvimento do incêndio, não estabelecendo condições propícias ao seu crescimento e propagação, garantindo a resistência ao fogo e facilitando a fuga dos usuários, bem como a aproximação e o ingresso no edifício para o desenvolvimento das ações de combate". Compartimentação horizontal, compartimentação vertical, separação entre edifícios, rotas de fuga (incluindo escadas de emergência), uso de materiais de revestimento que minimizem a propagação das chamas e resistência ao fogo das estruturas são alguns exemplos deste tipo de proteção. O engenheiro Mecânico, consultor técnico em Proteções Construtivas (Passivas) contra Incêndios e professor de Segurança Contra Incêndios de vários Cursos de Engenharia de Segurança do Trabalho Robson Barradas estima que, no país, não chegamos a 12% de participação de uma forma adequada das proteções passivas construtivas. "As proteções passivas, apesar de terem chegado ao Brasil por volta dos anos 80, ainda podem ser consideradas como uma novidade em muitos mercados, como o da construção civil em alguns estados da federação", observa. Uma das causas desta baixa adesão é a falta de uma cultura voltada para a prevenção de incêndios e a ideia de apenas cumprir exigências para mostrar para a fiscalização. Enquanto a proteção ativa fica mais visível, elementos de proteção passiva não são tão perceptíveis, apesar de sua importância. "São medidas que vão proteger apenas pelo fato de existirem, serem bem planejadas e implantadas de acordo com as recomendações técnicas adequadas. Com o acelerado desenvolvimento tecnológico de nossa atualidade, nos deparamos com construções cada vez mais ousadas, com elevadas alturas e fachadas que se assemelham a grandes vitrines, bem como a maior diversidade de materiais construtivos, o que coloca a população exposta a perigos nunca vistos antes", avalia o assistente da Diretoria de Obras do Sesi/Senai-SP e ex-comandante do CBPMESP (Corpo de Bombeiros da Polícia Militar do Estado de SP), Reginaldo Campos Repulho.

 
 
 

Comments


Featured Posts
Recent Posts
Archive
Search By Tags
Follow Us
  • Facebook Basic Square
  • Twitter Basic Square
  • Google+ Social Icon

© 2016 por Joatec Engenharia

Criado com Wix.com

bottom of page